O que podemos esperar do MET Gala 2021?

(Escrito em setembro de 2021 para a TAG Revista)

A pandemia da Covid-19 foi responsável pelo cancelamento de inúmeros eventos, em respeito às vidas perdidas e a grande possibilidade de contaminação do vírus. Graças à vacinação em larga escala, o ano de 2021 conseguiu trazer a vida social de volta — com restrições, claro. Esse foi o caso do MET Gala, baile anual que tem como objetivo arrecadar fundos para o Instituto de Vestuário do Museu de Arte Metropolitana, localizado em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A comunidade fashion é a maior entusiasta do evento, que reúne as maiores figuras influentes do mundo da Moda, desfilando produções incríveis baseadas no tema, divulgado anualmente pela organização do Instituto. Neste ano, a expectativa está em dobro, uma vez que o baile foi cancelado em 2020 e decidiu compensar seus amantes com duas exibições — uma no dia 13 de setembro e a outra na tradicional primeira segunda de maio, que será no dia 05 do mês em 2022. A exibição deste ano estará no museu a partir do dia 18 de setembro.

O tema do MET Gala de 2021 será “Na América: Um Léxico da Moda”, uma homenagem à Moda estadunidense, contando sua história e evolução e honrando os maiores nomes da indústria fashion do país. Os anfitriões escolhidos foram a cantora Billie Eilish, o ator Timothée Chalamet, a tenista Naomi Osaka e a poetisa Amanda Gorman. Ao anunciá-los, a Vogue americana disse que cada um deles “desenvolveu uma linguagem visual distinta para suas personas públicas, informada pelo legado da icônica moda feita nos EUA”, e que representam a individualidade e originalidade que é o estilo estadunidense.

Ao analisar os apresentadores escolhidos, é visto que todos possuem menos de 30 anos, uma forma do Instituto demonstrar o quanto os jovens estão ganhando mais poder e influência, mesmo numa indústria tão consolidada que é a da Moda. Seja numa roda de discussão no chamado “Fashion Twitter” ou em um vídeo no TikTok opinando sobre um desfile do New York Fashion Week, esses indivíduos se posicionam e ditam comportamentos, alterando o ciclo fashion.

As teorias de que influencers como Addison Rae e Emma Chamberlain estarão presentes no baile ganharam força e tentam quebrar o preconceito de que só a extrema elite consegue um nome na lista exclusiva, montada pela cabeça da Vogue Americana, Anna Wintour. Quem garante visibilidade para o evento e ajuda na arrecadação de fundos para o museu é muito bem-vindo — mesmo sendo uma tiktoker de 20 anos.

Imagina-se que nomes como Beyoncé, Kylie Jenner, as irmãs Hadid ou Jennifer Lopez podem aparecer. Algumas personalidades que compareceram a edições anteriores, como Andy Cohen, Sarah Jessica Parker, Tom Brady e Harry Styles, já confirmaram sua falta por outros compromissos. Devido à Covid-19, será um baile mais restrito, com todos os convidados vacinados e usando máscaras.

Sobre as grifes que podem protagonizar as produções fashionistas, as grandes apostas são as estadunidenses por conta do tema. LaQuan Smith, Peter Do e Prabal Gurung chamaram atenção nos seus desfiles da NYFW da última semana.

Brandon Maxwell — que fez história ao vestir a anfitriã Lady Gaga na edição de 2019 -, Christian Siriano, Tom Ford e Rodarte já estiveram no baile e são possibilidades para esse ano também. Marcas mais consolidadas, como Carolina Herrera, Michael Kors e Armani Privé também podem ter seu lugar garantido, pelo seu histórico na Moda estadunidense — looks vintage, talvez?

Pela sua importância, tudo é uma grande surpresa em relação ao baile do MET. A expectativa de quem estará presente e daqueles que irão ver pela tela do celular é enorme e espera-se que toda a espera e os segredos valerão à pena.

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